Os Mercenários 3
O enredo é batido, a trilha sonora nada original e a sequência de explosões sem sentido fazem de Os Mercenários 3 mais um filme de ação sem conteúdo. Não há um vilão digno de explicar a guerra, nem mesmo os mocinhos são mocinhos de verdade.
Sendo ou não a ideia de Stallone, o terceiro filme da franquia chega aos cinemas com um belo desfalque, o vazamento da película na internet um mês antes dela estrear nos Estados Unidos.
O tamanho do rombo no orçamento ainda é incalculável, mas certamente não espantará das salas de cinema os apaixonados por filmes de ação old school.
Nos primeiro minutos de exibição vemos Barney, Christmas e todos os mercenários em uma missão impossível, salvar Doc e assim reunir o maior número de aliados para mais uma missão, encontrar Victor.
A mistura de um helicóptero militar, um exército inimigo estrangeiro, um trem a ser parado e uma penca de explosões, tiros, sangue e muita ação faz que o grupo viaje para completar sua missão.
Os Mercenários 3, o ex-aliado agora é inimigo
Lá descobrem que seu novo serviço é na verdade Conrad Stonebanks, sim um dos fundadores dos Mercenários, que como diz o próprio Stallone, se tornou escuro e foi para o lado do mal ao se tornar contrabandista de armas.
O que parece forçado demais para um grupo de ex-veterenos que na verdade só querem fazer dinheiro, sem importar as cabeças de devem cortar.
Deixando de lado os clichês já conhecidos de bem e mal e o fato de roteiro não estar interessado em percorrer esse caminho, sendo talvez a sacada mais sarcástica dos roteiristas, a grande dúvida de Barney está mesmo em se meter sozinho em uma ação suicida, ou pelo menos deixar de fora seus velhos amigos.
Uma das cenas mais contundentes da sequência aparece com uma fala marcante de Barney: “Vocês foram os melhores, ainda são, mas nada dura para sempre”.
Parece a crítica ferrenha à Hollywood e seus produtores, como se fosse possível que esqueçamos de Rambo, Rock Balboa, Inferno no Faroeste, Porcos e Diamantes, entre outros.
Para manter os amigos vivos e não ter o cintilar de suas correntes, que agora ficam penduradas no avião pilotado pelo líder Barney, como o som da morte de mais amigos, Barney decidi virar as cotas e seguir em busca de um novo time.
A nova formação conta com membros que vão de um gênio hacker a uma lutadora nata, passando claro pelo especialista em armas e o valentão que não consegue seguir as regras. Tudo na verdade semelhança do antigo grupo com uma pitada de novos ares.
O velho e o novo unidos em um único filme de ação
Depois de fracassar na missão de capturar Stonebanks o novo time mercenário é feito de refém e o educado ex-veterano decidi socorrer seus “prodígios”.
É aí que a ação se faz, com o ingresso de Antonio Banderas o filme ganha uma leveza, além das já batidas piadas de terceira idade que rodeiam a história desde sua estreia em 2010.
A volta do antigo time é o estopim para que a sequência de mais tiros, explosões, helicópteros, e a tão esperada luta que fará com que a conta entre criadores seja paga aconteça.
E se o modo como nova e velha equipe vão trabalhar deveria ganhar uma sequência com direito a boas risadas e aulas de como fazer, ela é substituída apenas por dois tiros e uma bronca de Barney.
Talvez tenha faltado espaço nos mais de 120 minutos de longa para detalhar tudo isso, ou essa seja o fio do 4º filme da franquia.
Dirigido por Patrick Hughes e produzido por Avi Lerner, Os Mercenários 3 é na verdade uma estonteante reunião de velhos astros do cinema de ação e o encontro deles com a nova guarda dos queridinhos de Hollywood, como Kellan Lutz.
O elenco conta ainda com Mel Gibson, Randy Couture, Dolph Lundgren, Jason Statham, Wesley Snipes, Ronda Rousey, Arnold Schwarzenegger, Kelsey Grammer, Glen Powell, Jet Li, Terry Crews, Harrison Ford, Victor Ortiz e Antonio Banderas.
No roteiro Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt, Dave Callaham e o próprio Stallone.