O Homem que Elas Amavam Demais

O homem que elas amavam demais

Quem é um verdadeiro amante da sétima arte sabe que os filmes produzidos em Hollywood muitas vezes deixam de lado um contexto artístico de grande importância. Com bilhões de dólares investidos, as grandes industrias do cinema negam-se a sair do que é vendável. 

Para quem quer evitar questões repetitivas ou títulos baseados apenas em efeitos especiais a melhor solução, sem dúvidas, é contar com o cinema independente ou com as pequenas produtoras que dão espaço para obras que saem do senso comum.

Como é esperado, os filmes franceses estão sempre neste nicho que trafega levemente à margem dos grandes lançamentos do ano. O reconhecimento à eles é uma constante em grandes festivais como o Sundance e Cannes.

O Homem que Elas Amavam Demais é uma história linear, que não garante grandes emoções para os espectadores, mas acerta no tom de realismo. 

A história é possível e o dia a dia passa com grandes referencias ao cotidiano comum. Embora, os protagonistas vivam na quase intocável alta sociedade.

Sinopse de O Homem que Elas Amavam Demais

Na década de 1970 Agnes Le Roux (Adele Haenel) vive uma vida confortável, sendo filha da proprietária de um grande cassino.

Logo ela conhece um advogado 10 anos mais velho e com um ritmo bem diferente do seu. Seu namorado tem interesses muito diferentes (Guillaume Canet) tem motivações muito distintas de Agnes.

Suas vidas parecem não estar em sintonia e é nesse momento que ela recebe uma proposta indecorosa.

Um concorrente de sua mãe (Catherine Deneuve) tem interesse em monopolizar os cassinos. Por isso, oferece uma alta quantia para que Agnes assuma o controle do seu cassino. A jovem acaba aceitando, mas o remorso bate à porta.

Agnes passa então a sentir-se mal por ter traído sua mãe e, por consequência dos fatos, perdido o seu namorado. Neste momento ela desiste de viver e tenta cometer suicídio, mas não dá cabo da ideia. Ela então, some da vista de todos.

Filmagem e conteúdo

Esse é um filme que não fala apenas sobre um tema. Amor, dinheiro, família e caráter estão sempre sendo entrelaçados através das decisões que a atriz principal se vê na necessidade de tomar. 

Embora a filmagem tente ser dinamizada, o filme torna-se um tanto monótono a partir do momento onde o sofrimento é retratado. Ainda assim, é preciso decidir se há ou não exagero em algumas cenas.

A atuação é primorosa, embora o conceito de expressão dramática seja um tanto diferente para o cinema europeu.

Esse é um filme que deve ser degustado em forma de arte. Sem pressa e sem grandes expectativas, apenas entendendo a mensagem que ele imprime.

Vale dizer que os personagens, embora enlaçados na história compõem cada um o seu espaço.

Por isso, é possível ver o filme de uma maneira abrangente, entendendo a individualidade de cada um. Uma trama que exalta bem os filmes franceses e a conotação europeia sobre a sétima arte.

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